terça-feira, 17 de julho de 2007

METADE

E que a força do medo que tenho, não me impessa de ver o que anseio.Que a morte de tudo o que acredito não me tape os ouvidos nem a bocaPorque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a música que eu ouço ao longe, seja linda, ainda que tristezaQue a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distantePorque metade de mim é partida e a outra metade é saudade

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor,apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentosPorque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calOR

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereçoQue essa tenção que me corroe por dentro seja um dia recompensadaPorque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão

Que o medo da solidão se afaste, que convive comigo mesmo, se torne ao menos suportável.Que o espelho reflita em meu rosto, um doce sorriso, que me lembro ter dado na infânciaPorque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espíritoE que o teu silêncio me fale cada vez maisPorque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espíritoE que o teu silêncio me fale cada vez maisPorque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço

Tambem

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